quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

O manejo de recursos audiovisuais na socioeducação - Revista Olhares - Unifesp

Olá, pessoal.

Socializando o meu artigo O Manejo de Recursos Audiovisuais na Socioeducação, publicado na Olhares: Revista do Departamento de Educação da Unifesp.

Para acessar o artigo, clique AQUI

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Cerimônia de Colação Festiva - UNIFESP - 2020

Discurso proferido pelo Prof. Dr. Daniel Péricles Arruda aos/às formandos/as em Serviço Social da Unifesp, campus Baixada Santista, em 13/02/2020.


Boa noite aos presentes: alunos, alunas, professores, professoras, familiares, amigos, amigas, bem como aos profissionais que participaram da construção dessa cerimônia de Colação Festiva... Recebam os meus sinceros e fraternos cumprimentos! Cumprimento-os, com satisfação por estar aqui com vocês, compartilhando essa solenidade marcante, sensível e emocionante... Uso dos meus versos para saudá-los. É como se minhas palavras estendessem um tapete vermelho para cada um de vocês: entrem, sentem-se, fiquem à vontade. É como se meu olhar lançasse pétalas para acariciá-los. Sintam-se abraçados pela minha voz e acolhidos pelo meu sorriso.

Agradeço-lhes pela presença, pois cada presença é única: irrepetível, importante, indivisível, pulsante e, certamente, compõe esse mosaico afetivo que somos nós. Seremos testemunha de um rito, veremos uma das passagens do rio desembocando no mar; o mar que não se faz sozinho; o mar que é um conjunto de coisas unidas em três letras: M-A-R... O mar que depende das profundezas, do vento, do sol, das pedras, das margens, depende da água, da gente; assim como dependemo-nos uns dos outros, agora, para formarmos essa unidade.

Agradeço aos alunos e às alunas pelo convite para ser Paraninfo da turma de formandos e formandas em Serviço Social, da Universidade Federal de São Paulo, campus Baixada Santista. Confesso que não esperava! Outro dia, lá em casa, estava tomando café, quando abri o e-mail e vi: “Convite para Paraninfo e Homenageado – formandos 2019”. Quase engasguei! Logo pensei: “Só pode ser trote! Como assim?!”. Até que vi que era sério; tão sério como a minha alegria por estar aqui. Assim, obrigado pelo carinho e a responsabilidade que a mim foi atribuída. Junto a mim estão os/as outros/as professores/as, companheiros e companheiras de trabalho, que também participaram do processo de formação profissional de vocês. Em especial, cito e os parabenizo pela homenagem à Profa. Dra. Andrea Almeida Torres que, de fato, tinha os pés no chão, mente aberta e amplitude na visão. Imersa no debate sobre a ética, os direitos humanos e a relação entre a liberdade e a prisão, marcou a nossa vida acadêmica.

Essa vida acadêmica que não é tão simples; em que é preciso, às vezes, mudar de bairro, cidade ou estado; mudar ou sair do trabalho; se distanciar, temporariamente, de familiares e amigos; adiar ou abandonar outros sonhos, projetos de vida; ter que lidar com a perda de alguém muito próximo; ter que lidar com a falta de recursos financeiros; ter que lutar pela permanência estudantil digna; ter que parar para respirar e depois voltar, mais forte, talvez... E vivenciar a desconstrução daquilo que vocês eram para fazer construir aquilo que vocês queriam ser.

Mas, também temos que reconhecer os outros lados desse processo, como o aprendizado adquirido, elaborado e construído; as contribuições em grupos de estudos e pesquisas; o crescimento e o desenvolvimento pessoal; as amizades; aquele bate-papo sentados no chão da escadaria, do pátio e do corredor; a elaboração conjunta de cartazes para a manifestação; aquela alegria que acontece repentinamente quando se aprende algo que, até então, era difícil aprender; a alegria da aprovação... Aquela alegria que acontece na mesma velocidade do piscar dos olhos e que, comumente, não percebemos.

Penso na formação profissional como as estações do tempo: processos, condições, mudanças, ciclos e contradições... Pessoal, olhem para trás e vejam de onde e como vocês vieram! A gente cresce como as flores... Elas não são assim?! Encaram o frio, a chuva, o sol forte, mas também são visitadas pelas abelhas e pelo vento leve da brisa, são bem tratadas por aqueles que as respeitam; e, assim, elas florescem. Procurei ser jardineiro em seus caminhos, por compreender que vivemos em meio às pragas, ou seja, aos desgovernos e às diversas violências que enfrentamos diariamente, vocês sabem quais são.

Vocês devem estar pensando: “Poxa, ele tem razão! Mas quantas vezes tive que responder à pergunta: Por que você escolheu o curso de Serviço Social? O que faz um assistente social?” Fiquem tranquilos! Não farei essas perguntas aqui e agora. Mas não as ignorem. Não deixem de respondê-las, pois são perguntas que falam da origem e do desejo de cada um. Lembrem-se: cada um é o seu próprio rio, e a gente, juntos, formamos o mar. Na minha visão, essas perguntas valorizam as nossas histórias e nos posicionam no tempo presente.

Desse modo, o rio vai seguindo seu curso, desenhando percursos, fazendo aquele barulhinho que chamamos de “barulho d’água” que, nas palavras de Manoel de Barros, é a cobra de vidro. Daquela que dá a volta por detrás da casa; que, pela poética de sua imaginação, não se chama enseada.

E, assim, os parabenizo, manifestando o meu desejo de que vocês sejam felizes na vida e na profissão, que se atentem à ética, à formação permanente e à humildade em reconhecer que não são superiores aos outros porque concluíram um curso superior. Valorizem os silêncios, as escutas, as palavras, os diálogos, as subjetividades, as artes, as mediações, o lazer, o amor...

Saibam que, se eu pudesse, levaria cada um em seu primeiro dia de trabalho de mãos dadas, e segurando a mochila; como um gesto de carinho e proteção, assim como o jardineiro leva a semente até a terra; assim como as abelhas levam afago até a flor...






quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Projeto Educação com Arte, Cenpec, SP

Momento de leitura e reflexão... Essa é a equipe de arte-educadores/as do Projeto Educação com Arte - uma parceria entre o Cenpec e a Fundação Casa - coordenado pela Marília Rovaron.

Fico feliz de saber que o meu livro "Espelho dos Invisíveis: a arte no trabalho com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa" tem sido uma das referências do trabalho realizado por essa equipe, que, de modo criativo, desenvolve oficinas de arte e cultura nos centros da Fundação Casa na cidade de São Paulo e região metropolitana.



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