quinta-feira, 4 de março de 2021
"sua arte não é a quantidade de pessoas..." (Rupi Kaur)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
Homenagem à professora Débora David
... A gente sabe que a
vida é curta, um sopro. Por vezes, uma estrada longa ou um piscar de olhos...
Talvez a vida não tenha tamanho, mas histórias, memórias, sentimentos... Na
vida, cada um tem o seu valor especial...
Essas são algumas
reflexões que me surgem ao pensar na assistente social e docente Débora David,
que nos deixou recentemente. Débora foi minha professora na PUC Minas:
corajosa, responsável, comprometida com o Serviço Social, tanto na formação
quanto na atuação. De suas aulas, ensinamentos que me acompanham até hoje, ficaram
as discussões sobre o trabalho com grupos, o manejo e a escuta, a relação entre
teoria e prática, seus relatos de experiência, que eram muitos...
A sua passagem
contribui para a formação de vários assistentes sociais e a sua trajetória foi
luz no caminho de muitos...
Com carinho, aos
familiares e amigos!
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Publicações da revista Argumentum (Ufes)
Olá, pessoal!
Socializo com vocês o
artigo da Profa. Dra. Andrea Pires Rocha intitulado Segurança e Racismo como Pilares Sustentadores do Estado Burguês.
A convite de Andrea,
foram elaborados outros dois textos interlocutores, um de Elaine Cristina
Pimentel Costa: A Segurança Pública a partir de Lentes Interseccionais sobreRaça, Classe e Gênero e o outro, de minha autoria: Sujeitos Periféricos como Metáfora da Violência: Reflexõesa partir da Música O Bagulho é Doido, do Rapper MV Bill.
Os três trabalhos foram
publicados na revista Argumentum, da
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Registro aqui a minha estima e os agradecimentos às Profas. Andrea e Elaine pela oportunidade de compor essa tríade reflexiva.
sábado, 19 de dezembro de 2020
Porque o racismo existe - Vulgo Elemento
Porque o racismo existe
O racismo machuca, corta a pele, invade a nossa mente e causa perturbação...
Gente, isso não é coisa
da nossa cabeça!
Ao contrário, o racismo
parte da cabeça do sujeito racista, e nos atinge como uma flecha.
Às vezes, o corpo até
arrepia, né?! Os olhos ficam marejados, dá vontade de chorar, né?!
Sabem por quê? Porque estamos
falando das nossas raízes!
Somos povo, memória,
glória... Somos ancestralizados e
marcados pela história... Somos presente e lutamos por um mundo melhor.
Mas o racismo nos
coloca como feios, burros, inúteis, preguiçosos, inferiores, incapazes, inexistentes,
matáveis, doentes, invisíveis, mentirosos e desprezíveis...
Duvidam das nossas
narrativas sobre o racismo, como se fôssemos culpados do racismo que sofremos:
“A culpa é sua. Quem mandou ser preto?!”.
Não coloquem na minha
conta, essa culpa. Não vou pedir desculpas.
Vejam esse caso: Jovem
negro e periférico, ao sair de casa, diz:
- “Bênção, mãe! Tô
saindo!”
A mãe, por sua vez,
responde:
- “Meu filho! Pelo amor
de Deus, volte vivo. Volte vivo, porque você é tudo o que eu tenho. Se eu te
perder, eu me perco também.”
Falas de mãe mexem
comigo. Voz de mãe preta é voz de África, e não podemos nunca nos esquecer
disso.
Temos o direito e o
desejo de sair sem morrer, de passar pelo outro, na mesma calçada, sem que o medo
imponha desvios. De respirar sem sermos estrangulados e asfixiados, nas praças,
nos supermercados e, até mesmo, dentro de casa.
Alimentemo-nos da chama
da justiça e da felicidade, considerando uma simples e importante questão:
Se o racismo atua até
pelo ar, de qual outra maneira, mais, poderá nos afetar?
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
Chamada: Prazer, Coringa!
Contagem regressiva para o lançamento do Lyric Video: Prazer, Coringa!
(Clique na imagem para ampliá-la)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Racismo Estrutural: enfrentamento transdisciplinar antirracista - Instituto Langage
Racismo Estrutural: enfrentamento transdisciplinar antirracista - Instituto Langage
Apresentação do artigo Sobre a procura de um/a analista negro/a: psicanálise e relações étnico-raciais.
(Clique nas imagens para ampliá-las)
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Personalidades Negras - Mulheres e Homens Negros Invisibilizados no Brasil
Socializando o resultado do edital 𝐏𝐞𝐫𝐬𝐨𝐧𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐍𝐞𝐠𝐫𝐚𝐬 - 𝐌𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐞 𝐇𝐨𝐦𝐞𝐧𝐬 𝐍𝐞𝐠𝐫𝐨𝐬 𝐈𝐧𝐯𝐢𝐬𝐢𝐛𝐢𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐧𝐨 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥 – Selo Sueli Caneiro, editora Jandaíra, com curadoria de Djamila Ribeiro.
E é com alegria que estou entre os/as autores/as cujos trabalhos foram selecionados. Agradeço aos organizadores do edital e, em especial, ao King Nino Brown por compartilhar sua história de vida e sua trajetória artística e militante para que eu pudesse escrever o artigo aprovado: 𝐃𝐨 𝐌𝐨𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐒𝐨𝐮𝐥 à 𝐂𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐇𝐢𝐩-𝐇𝐨𝐩: 𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐣𝐞𝐭ó𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐊𝐢𝐧𝐠 𝐍𝐢𝐧𝐨 𝐁𝐫𝐨𝐰𝐧.quarta-feira, 25 de novembro de 2020
III Simpósio: Educação Popular, a construção e desenvolvimento de práticas educacionais (GAPAF - UNESP Franca/SP)
III Simpósio: Educação Popular, a construção e desenvolvimento de práticas educacionais, promovido pelo grupo de extensão Grupo de Alfabetização Paulo Freire (GAPAF), UNESP-Franca, SP
III Simpósio: Educação Popular, a construção e desenvolvimento de práticas educacionais (GAPAF - UNESP Franca/SP)
III Simpósio: Educação Popular, a construção e desenvolvimento de práticas educacionais, promovido pelo grupo de extensão Grupo de Alfabetização Paulo Freire (GAPAF), UNESP Franca/SP.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
III Simpósio: Educação Popular, a construção e desenvolvimento de práticas educacionais (GAPAF - UNESP Franca/SP)
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Racismo Estrutural: enfrentamento transdisciplinar antirracista - Instituto Langage
Olá, pessoal.
Socializo o evento Racismo Estrutural: enfrentamento transdisciplinar antirracista - Instituto Langage.
Na ocasião, farei a apresentação do artigo Sobre a procura de um/a analista negro/a: psicanálise e relações étnico-raciais.
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Como enfrentar algo que estrutura e permeia as relações, e que opera como um dispositivo de extermínio de uma grande parte da população? Dada a magnitude desta questão, tomamos a iniciativa de reunir um grupo diverso de atores sociais de vários campos para pensar juntos formas de enfrentamento que ultrapassam as barreiras disciplinares. Nossa proposição busca subverter a lógica estrutural do racismo que permeia as relações dos sujeitos com o seu entorno sócio-político, a ponto de se tornar estruturante para estes, e desnaturalizar o que foi historicamente construído por uma cultura colonizadora estruturada pela lógica da escravização e da branquitude. Somente com a construção de práticas antirracistas estruturais e estruturantes poderemos combatê-lo, como aquelas que sempre estiveram presentes nos movimentos de insurreição.
Dia 21 de novembro de 2020
Das 8h às 19h
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Quarentena: memórias de um país confinado
Satisfação em participar da Antologia Quarentena: memórias de um país confinado com a poesia Coronavírus: o plano, pela editora Chiado.
sábado, 19 de setembro de 2020
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Entre o trabalho e o cuidado
terça-feira, 15 de setembro de 2020
O projeto de extensão Escuta Clínico-Política de Sujeitos em Situações Sociais Críticas e a roda de conversa sobre cultura Hip-Hop
Olá, pessoal.
Socializando o livro Juventudes e Contemporaneidade: Reflexões e Intervenções, de Jacqueline de Oliveira Moreira.
(Coleção - Coletivo Amarrações: Psicanálise e Políticas com Juventudes)
Foi um prazer participar da construção de um de seus capítulos intitulado O projeto de extensão Escuta Clínico-Política de Sujeitos em Situações Sociais Críticas e a roda de conversa sobre cultura Hip-Hop.
Autores/as: Jaquelina Maria Imbrizi, Eduardo de Carvalho Martins, Marcela Garrido Reghin, Danielle Kepe de Souza Pinto e Daniel Péricles Arruda.
Clique AQUI para baixar.
terça-feira, 8 de setembro de 2020
Artigo - Lugar de Escuta: uma proposta metodológica para a mediação de conflito
Satisfação em construir mais essa parceria com Ricardo Vidal que culminou na elaboração do artigo Lugar de Escuta: uma proposta metodológica para a mediação de conflito, publicado na revista de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade de Guarulhos (UNG).
Clique AQUI para baixar o artigo.
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
Artigo - O que é Genocídio?
Salve, pessoal. Compartilho com vocês o meu artigo intitulado O que é Genocídio, publicado na revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN).
Clique AQUI para baixar o artigo.
terça-feira, 25 de agosto de 2020
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
Imagens do Evento de Abertura do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Vivências Artísticas, Culturais e Periféricas
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Evento de Abertura do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Vivências Artísticas, Culturais e Periféricas (UNIFESP)
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Projeto Arte como Cuidado - UNIFESP/UEL
Olá, pessoal!
O projeto Arte como Cuidado, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Baixada Santista, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), chegou ao fim. Nos seis encontros quinzenais, realizados durante os meses de maio, junho e julho de 2020, a finalidade foi discutir a arte e o cuidado, em tempos de pandemia, a partir da trajetória artística dos/as seguintes convidados/as: Felipe Augusto (Bobina MC), Regina Elias da Costa (Ziza), Israel Neto (Mano Réu), Akotirene Sylla, Carão e Júnia Costa. A todos/as vocês, nossos agradecimentos pela disponibilidade e por dividirem conosco conhecimento e sensibilidade.
Agradeço à Profa. Dra. Liana e ao Prof. Me. Wesley, ambos da UEL, pela parceria, trocas e diálogos, assim como a todos/as que acompanharam as discussões e ajudaram na divulgação.
Para que todos possam apreciar, socializamos
a playlist com os encontros promovidos
pelo projeto. Clique AQUI para assistir.
terça-feira, 11 de agosto de 2020
O rap, a palavra e a escuta: aprendizados periféricos em um mundo desigual - Daniel Péricles Arruda (Vulgo Elemento)
O rap, a palavra e a escuta: aprendizados periféricos em um mundo desigual
Daniel Péricles Arruda (Vulgo Elemento)
Quando
conheci a cultura hip-hop, me
conheci. Quando comecei a cantar rap (rhythm and poetry/ritmo e poesia), me
desenvolvi. E vivo assim, entre o rap,
a palavra e a escuta. Uma tríade potente para refletir os aprendizados
periféricos em um mundo desigual. Certo de que não é uma tarefa fácil falar
sobre esse tema, mas o objetivo aqui é, poeticamente, expressar algumas
vivências, lições e certos sentimentos que floresceram ao longo de anos de
dedicação à cultura hip-hop, em especial, ao rap.
Vejam,
sinto que é importante dizer que não sou um professor que canta rap; sou um rapper que decidiu construir um diálogo entre esses dois campos do
conhecimento: a universidade e a rua... Não me sinto bem, sendo uma coisa só. Para
mim, é triste ser uma ilha, mesmo que ela seja paradisíaca. Por isso, prefiro a
pluralidade, que me faz sentir sujeito de desejo... E essa arte, em especial, é
um caminho que venho construindo para cuidar da minha humanidade.
O rap, também foi, para mim, uma revolução
por meio das palavras. O rap entrou
na minha casa e alcançou a minha consciência. O rap me ganhou pelos ouvidos. O rap
foi o meu primeiro “psicanalista”; com ele, apreendi a construir e a escutar as
minhas palavras. Na adolescência, enquanto meu pai estava viajando a trabalho, no
trecho, eu buscava no rap um pouco de
colo: deitado na cama, chorando, com o fone de ouvido, até dormir mais
tranquilo.
Quando
acabava de escutar um rap, me sentia
alimentado, forte, tipo: “Atitude, mano! Atitude, mina!”. Eu escutava a música
e pensava: “Nossa, tem tudo a ver! Tudo a ver!”. E, de fato, para muitos jovens
periféricos, o rap é uma forma de
alimento, que nutre os sentidos, fortalece a existência e potencializa as ações.
Eu fui percebendo que ouvir rap era
muito mais do que ouvir uma música; era estar em uma aula musicada, que
respeitava a minha cor, o meu cabelo, ou seja, o meu modo de ser.
Em diversos
contextos, como na escola, na família e no trabalho, é comum ouvir: “A
juventude não quer escutar”. Penso que, talvez, o problema não esteja na escuta,
mas na qualidade do discurso e no modo como se fala. O rap fala diretamente com muitos jovens, usando a rima, o jogo de
palavras, com refrãos que ficam cravados, ou com narrativas que proporcionam,
de fato, a educação dos afetos.
O rap, por meio da palavra, segue pelo
caminho da escuta para produzir subjetividades. O rap faz a palavra dançar, por isso é ritmo. Consequentemente, a
palavra dançante subverte a ordem e a imaginação; por isso é poesia. Nessa
trama, sem a escuta, o rap e a
palavra ficam em questão. Refiro-me àquela escuta no sentido de não ter o
ouvido como único canal de audição. Isto é, a escuta voltada para a leitura do
corpo, da desobediência. Escutar não somente o ritmo das palavras, mas também
do corpo poético e do mundo que o envolve.
Esses são alguns elementos que servem de base para a experiência periférica com o outro e com a vida cotidiana. Logo, é possível identificar aprendizados essenciais, como a sobrevivência, a humildade, a solidariedade, a desmistificação de que os sujeitos periféricos não são perigosos ou incapazes, o respeito, o diálogo. Esse debate é profundo. Mas, em particular, o rap me ensinou a decodificar as desigualdades, me ensinou a diferença entre teoria e prática, me ensinou que tenho o direito de reivindicar a vida, me ensinou que periferia não é somente uma condição geográfica e social, e sim um sentimento, e pulsante.
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Texto apresentado na live do dia 08/08/20. Clique AQUI para assistir.
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
Live - O rap, a palavra e a escuta: aprendizados periféricos em um mundo desigual